sábado, 28 de agosto de 2010

Vida

Dormir,

dormir.

Acordar,

acordar.

Para a vida e para a morte.

Sorrir,

sorrir.

Chorar,

chorar.

Para a tristeza e para a sorte.

E a vida há passar,

há passar,

há passar.

Partir,

partir.

Voltar,

voltar.

Para quem pensa e para quem ama.

É a vida que passa,

no coração de quem tanto ama.

Dormindo, acordando,

sorrindo, chorando,

partindo e voltando.

É a vida há passar,

há passar,

há passar.

E eu aqui lamentando.

Bruno Lopes

23/07/10

sábado, 21 de agosto de 2010

Penso

Eu sou um pensador dentre todos.

Pois penso em mim.

Penso em como vou ser e que conhecimento vou ter daqui a alguns anos.

Penso em minha mãe e meu pai.

Penso em meu namoro.

Penso que terei de acordar cedo amanha para trabalhar. E penso que terei de dormir tarde por ter que estudar.

Penso em ter que comer e beber.

Penso que terei de ir à igreja domingo.

Mas penso que só não penso em ter, mas penso também no querer.

Penso em querer comer e beber.

Penso em querer trabalhar e estudar.

Penso em querer a felicidade.

Penso em querer a paz e o amor.

Penso em querer uma família.

Penso em querer até dinheiro, pois também terei de tê-lo se pensar em querer tudo que penso que tenho que ter.

Penso em sociedade.

Penso em religião.

Alivio-me disso tudo pensando no amor.

Penso em tudo.

Penso até no que penso.

Logo pensando vejo que estou existindo.

Bruno Lopes de Oliveira

27/05/10

sexta-feira, 16 de julho de 2010


Esta acontecendo – “cido”

É como se este momento sempre estivesse acontecendo.

Muito tempo se passou.

E hoje fiz a mesma coisa que cinco anos atrás.

Mas olho no espelho e vejo barbas.

Antes eu tinha quatro cachorros diferentes.

Hoje eu tenho quatro cachorros diferentes e um pato.

Sem contar meus dois periquitos e minha razão.

Tinha que levantar cedo para estudar.

Mas levanto cedo para trabalhar.

É como se eu ainda estivesse lá,

ou nunca tivesse saído daqui.

Os azulejos ainda são os mesmos.

As cores das paredes que mudaram.

Mas ainda são as mesmas paredes.

E o mesmo teto.

Não lia livros, jogava vídeo-game.

Não fazia poesias, desenhava.

Não escutava mantras. Nem lembro o que escutava.

Não olhava o seu retrato, imaginava-a aqui comigo.

Ainda é o mesmo canto da parede.

Ainda é o mesmo instrumento de reflexão.

Ainda é a mesma pessoa aqui.

Mas já não é a mesma mente,

e nem o mesmo tempo, é apenas o mesmo lugar.

O mesmo lugar

O mesmo alugar,

O mesmo se afogar.

Meus professores se modificaram,

e as aulas também.

Mas meus mestres sempre me acompanharam.

Só agora que os ouço.

Meu melhor amigo não é o mesmo.

O isqueiro é branco, o azul esta lá fora que usei.

Fiz um desenho.

Me pagaram vinte reais,

e nem ganhei uma camiseta.

Tive que roubar um colante.

Hoje já não me vendo por pouco.

Talvez nem por muito.

Comprei uma camisa do Raul ontem.

Queria uma da Espanha.

Mas ainda acho que vou ganhar minha coca.

Não temos o que queremos,

mas nem por isso perdemos a fé.

Meu incenso e minha vela estão acessos.

Minha bíblia esta aberta,

e o senhor esta me abençoando.

Que crença você segue?

Meus amigos vão me chamar para sair.

Meu amor vai me chamar para sair.

Meus inimigos vão querer me ver sair,

e minha mente vai ficar aqui.

Nestas palavras pensadas.

Nestas letras digitadas.

Nesta alma encarnada.

Salve rainha mãe de misericórdia.

Salve meu rei, a quem todos os dias me acorda!

Lembro dos olhares e dos sorrisos,

Mas não lembro dos cheiros e nem dos gostos.

Aliás, lembro sim,

era salgado e gostoso,

bonito e infinito.

Mas não para mim.

Mesmo assim, ainda não é o fim.

Acabei de ver uma mulher em forma de fumaça.

Acabei de viver a fumaça em forma de mulher.

Arrepiou-me sua saída.

Me fez feliz sua vinda.

Chega a hora do sufoco do poeta.

Já não tem mais forças para continuar.

Mas pensamentos nunca iram acabar.

Larica,

larica,

larica.

Bruno Lopes

10/07/10

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Igualdade


"Um dia a formiga olhou para o céu e viu uma borboleta que voava abrindo e fechando as suas belas asas coloridas, e parou por uns instantes pensando. ' poxa, queria eu ter asas lindas e grandes como as dela para mim poder voar bem alto '. Logo após continuou o caminho que tracejava, levando um grão de milho para o formigueiro, para que pudesse alimentar a si e a sua enorme família. Um dia uma borboleta que voava no céu atrás de lindas e belas flores onde pudesse encontrar alimento olhou para baixo e viu uma formiga carregando um grãozinho de milho, que tinha o dobro de tamanho da formiga, ou até um pouco mais, a borboleta admirada com aquilo parou por uns instantes e pensou. ' poxa, queria ter a força que ela tem, assim poderia carregar muitas coisas que não consigo'. Resultado, muitas vezes paramos a olhar e admirar as qualidades e os defeitos das pessoas que estão à nossa volta, mas nunca paramos para olhar as nossas qualidades e os nossos defeitos, somos capazes de tudo quilo que o outro é capaz, somos todos iguais, alguns são mais faceis de aprender, outros não, mas se existir força de vontade você consegue, o que não é o caso da formiga e da borboleta, uma não tem como voar e a outra não tem a força de que queria, mas ambos são insetos. Agora nós seres-humanos somos todos iguais, só não sabemos disto.

domingo, 29 de março de 2009

Saudade do passado


As vezes acho que a dor é tão
forte,que nem me dá vontade
de
lembrar.
Mas é quando vem as lembranças
que minha mente fica mais tranquila.
Se abro os olhos, de dentro sai
lágrimas, o coração é espremido pela
saudade. Tento tampar a voz
da alma
com uam melodia no meu
"aparelho".
Droga!! Teria sido menos doloroso
escutar o socorro daquele menino que
foi afastado do seu tempo e foi

condenado a passar o resto de seus

dias trancado em meu peito!
Desligo o "aparelho". Tampo os
ouvidos
com o travesseiro. Acordo,
já está escuro
lá fora. Sento na cadeira
e lembro...
As vezes acho que a dor é tão forte,
mas me dá vontade de
lembrar.


Bruno Lopes...

segunda-feira, 16 de março de 2009

Oi! Meu nome é...


Eu vim aqui para falar um pouco de Mim... E estou vendo que não irá adiantar eu perde meu tempo falando, pois pelo que vejo ninguém vai me escutar. Estão todos preocupadissímos com coisas muito menos importantes no meu ponto de vista. O duro é que já me cansei de mostrar qual é o meu ponto de vista e até hoje ninguém o soube. Existem aqueles que me dão tempo para explicar o que fazer, mas entendem errado o que exatamente deve ser feito. Outros usam o meu nome para aplicar leis que jamais passaram pela minha mente inventa. E outros só lembam de mim na hora do sufoco, ai vem até minha casa e chegam até a se ajoelha diante de mim suplicando, e pedindo, poucas vezes se lembram de agradecer. Meu dia é tão cansativo. Tenho que cuidar de pessoas doentes, dar palestras, sentar e escutar uma pessoa de cada vez. faço a programação do tempo do dia seguinte. Trabalho com terra também, e ajudo a fiscalizar as construções da cidade. Não há dinheiro que pague o meu esforço. E tudo isso, pra ninguém seguir corretamente o meu ensino. Invetaram tantas linguas, e ninguém sabe fala a minha... Tem vez que fico tão triste que penso em abandona tudo e recomeça novamente em outro lugar. Mas meu coração é tão misericordioso que dali a pouco lá estou eu fazendo uma pessoa, que quebrou a quinta vertebra, andar novamente... Uma vez eu mandei um rapaz que falava a lingua deles, ir viver e ensinar meus métodos de vida para eles. Resultado: pregaram o coitadinho numa cruz, ai que raiva que deu!!!!! Mais como ele disse: " Perdoa esses caras, Eles estão tão loucos que já não sabem o que fazem " E lá estava eu na minha imensa misericórdia. Me dão tantos apelidos e nomes esquisitos, e usam tanto métodos diferentes de se falar comigo que eu fico até besta. Basta senta e me chama que eu estarei a ouvidos, não precisa ajoelha ou canta, ou dança... rsrsrsrsrsrsrs... nada disso, eu sou tão bonzinho, não precisam me temer. Seria tão bom se todos agissem e pensassem como eu, mas ninguém me dá ouvidos...

quarta-feira, 4 de março de 2009

Lágrima de Choro


E no cair de uma lágrima, se deixa escapar o último fio de esperança.
Jamais irá vê-la novamente, nunca mais poderá tocar os lábios daquela
que o amou durante toda a vida. E agora está de partida...
Disserá que é para sempre, e que nunca irá esquecer dos momentos mágicos
que passaram juntos. Carregará por todo o resto de seus dias o cheiro, e a lembrança
da voz suave de seu amante sussurrando em seu ouvindo palavras "doces".
Mas ele ficou... e com ele ficou a dor no peito...
Dor que se manifesta em todo o corpo rapidamente, deixando aquele sorriso de
homem "poderoso", num tremendo vazio.
Ele sabe que não pode lutar com o destino. Por que ele não pôde enfrentá-lo? talvez
à convencesse a ficar ao lado dele...
Se casariam e seriam felizes para sempre, ele iria amá-la como sempre à amou
até o dia que morrese, e não deixaria que nada de mal acontecesse à ela.
Ele também sabe que para onde vai será mais feliz...
Feliz porque terá todo tipo de felicidade ao seu alcance, não precisará sofrer na vida,
e poderá olhar para baixo e ver que é grande.
Se ela ficasse, teria muito amor, mas iria perceber um dia que tanto amor a fez ficar
em baixo, e olharia para cima sabendo que poderia estar lá, mas resolveu ficar pois amou...
Ela escolheu a felicidade que o homen "inventou", mas sabia que deveria ter ficado com
a felicidade que Deus te deu... O Amor.
E Ele chorou...


(Essa é uma história de uma moça de família rica que amava um humilde empregado pobre.
Um dia teve que se casar com um homem que nunca conhecerá antes na vida, pois seu pai
a obrigou... e foi na lágrima derrubada que a estúpidez do homem, venceu a criação de Deus)

Bruno Lopes de Oliveira